Blogger a respeito de Cultura, Música, meu gosto e tudo que acho interessante discutir.

sexta-feira, junho 30, 2006

Biografia Manic Street Preachers





A idéia de montar uma banda surgiu em 1986, mas o Manic Street Preachers formou-se de fato em 1989, em Blackwood, País de Gales. No início era um trio: James Dean Bradfield (vocais e guitarras), Nicky Wire (baixo) e Sean Moore (bateria), que estudavam na mesma faculdade. O trio chegou a chamar Betty Blue, mas antes mesmo de lançar o primeiro single, já adotaram Manic Street Preachers.


A capa do primeiro single “Suicide Alley”, bancado pela banda, foi desenhada pelo guitarrista Richey James, que logo depois se tornou membro do grupo. As influências estavam evidentes, a capa foi inspirada no primeiro álbum do Clash. O som tinha influências do punk e hard rock. O segundo single, “New Art Riot”, foi lançado em 1990.



As composições do Manic tinham como principais temas a política e a crítica social. O público se interessava e crescia a cada apresentação. Chamados de grupo socialista punk retro, o Manic vendia camisetas relacionadas ao socialismo. O início do grupo foi cheio de polêmicas. Eles diziam que lançariam um único CD para vender 16 milhões de cópias e encerrariam a carreira da banda. O objetivo era não se vender ao sucesso, mas as polêmicas só davam mais visibilidade ao grupo.


O primeiro sucesso, “Motown Junk”, foi lançado pela gravadora Heavenly Records. O single se tornou um clássico do grupo. “You Love Us”, segundo single, foi mais polêmico, era uma resposta à mídia que não os levava a sério. Deu certo, a música entrou na parada britânica e deu um empurrão na carreira do Manic. O resultado foi uma turnê no Reino Unido em 1991.


Manic mostrava mais uma vez que adorava uma história que se espalhasse pela mídia. Em um dos shows, em Norwich, estava presente o jornalista da New Music Express, Steve Lamarcq, mais um que duvidada da seriedade e autenticidade do grupo. Após o show, durante a entrevista com Richey, como o jornalista não parecia muito convencido de suas declarações, o guitarrista pegou uma navalha e escreveu no braço “4 Real”. A história terminou no hospital e Richey levou 17 pontos.


O resultado de tanta polemica foi o contrato assinado com a Sony Music. Em 1992 saiu o primeiro álbum, “Generation Terrorists”. Várias canções entraram no Top 40 da Inglaterra. O single “Suicide In Painless”, relançado, chegou ao Top 10. Em 1993 foi lançado o segundo álbum, “Gold Against the Soul”. O Manic continuou na mídia, ora por frases polêmicas, ora por supostos problemas de saúde.


Mas foi em 1994 e 1995 que as manchetes sobre o Manic se multiplicaram. Primeiro foi a internação de Richey James por colapso nervoso em uma clínica. Depois saiu o terceiro álbum, “Holy Bible”, uma gravação mais introspectiva e depressiva. E, por último, a tragédia. Em fevereiro de 1995, o guitarrista desapareceu. Num primeiro momento, os integrantes da banda não se preocuparam, pois não era a primeira vez que isso acontecia. Mas o sumiço se tornou longo demais e a preocupação aumentou quando encontraram o carro de Richey num local conhecido pela procura de suicidas. O corpo nunca foi encontrado.


Alguns meses depois a banda se recuperou da tragédia e decidiu continuar sem Richey depois de conversar com a família do guitarrista. Em 1996, Manic lançou o álbum “Everything Must Go”, ainda com algumas canções de Richey. O disco vendeu dois milhões de exemplares. O sucesso crescia e no Brit Awards 97 eles levaram para casa os prêmios de Melhor Banda e Melhor Álbum (repetidos em 99).


“This is My Truth Tell Me Yours” saiu em 98 e o single “If You Tolerate This Your Children Will Be Next” foi direto para o primeiro lugar das paradas. Em 2001, Manic lançou “Know Your Enemy”. Uma das canções, “Baby Elian” era inspirada no caso de Elian, o menino cubano levado para os Estados Unidos sem o consentimento do pai e que ocupou as páginas dos jornais no mundo inteiro. A turnê incluiu também um show histórico em Cuba.


Em 2002 e 2003 saíram duas coletâneas, “Forever Delayed” e “Lipstick Traces / A Secret Story of Manic Street Preachers”. Elas foram suficientes para correrem boatos de que seria o fim da carreira do Manic. Tudo em vão. Em 2003 eles entraram em estúdio para gravar mais um álbum com produção de Tony Visconti, que já trabalhou com David Bowie.